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Meditação

A Meditação é uma prática muito antiga, que sempre foi praticada por ascetas espiritualistas ao longo dos tempos. Atualmente, fala-se muito em meditação para relaxar o corpo, acalmar as emoções e a mente. Essas são, de fato, algumas de suas finalidades, mas as finalidades principais da meditação, que muitos desconhecem são:

 

1) Experimentarmos o Vazio Iluminador, ou Samadhi (sânscrito), Satori (Japonês) - ou seja, não pensarmos em absolutamente nada, e também, entrarmos em conexão com o todo, com o Deus onipresente, onipotente e onisciente que habita em todo o universo.

 

2) O Despertar da nossa consciência que está adormecida - ou seja: Fazer a nossa essência consciente dos mundos da sexta dimensão (Mundo Causal ou Nirvana). Nossas essências, quando despertas, possuem a capacidade de investigar tudo o que queiram, no mundo causal. Geralmente tudo do universo, não há nada em segredo que não possa ser revelado para a essência desperta ou consciência desperta.

“Advirto-te, seja tu quem fores, oh, tu que desejas sondar os arcanos da natureza, que se não achas dentro de ti mesmo aquilo que buscas, tampouco poderá achá-lo fora. Se tu ignoras as excelências de tua própria casa, como pretendes encontrar outras excelências? Em ti está oculto o tesouro dos tesouros. Oh, Homem! Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses.” (Inscrição do Templo de Delphos – Grécia)

Como meditar - passo a passo

 

1) Devemos reservar uma hora do dia (de preferência madrugada) e um aposento tranquilo (de preferência silencioso) para que possamos meditar sem interrupções. O Brahmamuhurta (do sânscrito - período entre 3:30 e 5:00) é um bom horário que os Iogues orientais aproveitam para a prática da meditação. Entretanto, qualquer horário a partir das 2 horas é bom para qualquer prática, pois nosso corpo está mais descansado e dá mais resultados.

2) Devemos escolher uma posição cômoda para nós, que possamos relaxar totalmente o corpo e adormecê-lo. Veja, na gravura abaixo, opções de asanas (posturas) para meditar. Se tais asanas sentadas forem muito difíceis, podemos praticar deitados ou recostados em algumas almofadas. O importante é achar uma posição confortável e que possamos ficar imóveis o máximo de tempo possível, sem ficar com algum membro do corpo dormente ou doendo. Para que a meditação ocorra, é necessário haver um pouco de sono, do contrário, a prática pode ser prejudicial para o nosso cérebro. Se estivermos com bastante sono, podemos molhar o rosto para despertarmos um pouco e então escolhemos uma asana que não nos permita apagar (dormir) facilmente. Se por acaso estamos numa asana por bastante tempo e nosso corpo se cansou dela, podemos trocar de asana e continuarmos em concentração.

 

 

 

 

 

 

 

3) Devemos recitar o mantra Belilin, 3 vezes, para harmonização e eliminação de entidades negativas do ambiente. Após isso, fazemos o círculo mágico 3 vezes.

 

Vídeos acima: Belilin, por Samael Aun Weor e Círculo Mágico, por Rabolú.

 

4) Círculo Mágico de Proteção: Falamos assim: "Meu Pai, eu te suplico, ordene ao meu intercessor elemental para que ele trace um Círculo Mágico de Proteção em minha volta (ou em volta da cama ou do aposento em que se está, nós é que decidimos)". Deve-se fazer essa petição por três vezes, enquanto imaginamos, de olhos fechados, que o lugar desejado se cobre de uma esfera de luz transparente de cor verde brilhante. Então, essa barreira criada será capaz de nos proteger dos magos negros, larvas ou entidades que tentem atrapalhar nossa prática aqui no físico e poderemos praticar tranquilos (Na maioria das vezes as entidades atuam invisivelmente tentando sugar nossas energias vitais, mas algumas pessoas conseguem vê-las tentando atravessar o círculo, sem conseguir). Pronto, já podemos começar.

5) Devemos fechar os olhos e irmos respirando normalmente, enquanto vamos notando, conscientemente, o relaxamento de cada parte do corpo. Devemos ir descobrindo e abandonando todas as tensões descobertas em cada parte do nosso corpo: Músculos faciais, trapézios, braços, músculos das costas, pernas, pés etc. A partir dessa etapa, perceberemos que muitos egos (lembranças boas ou más, desejos, compromissos etc) brotarão na nossa mente, com o intuito de atrapalhar nossa prática. Se quisermos atravessar etapa por etapa, não devemos dar atenção aos pensamentos, caso contrário, eles atrapalharão a nossa prática. Para isso é preciso não nos identificarmos com eles, da mesma maneira que os pássaros passam pelos céus, mas não formam um ninho na árvore (nossa mente). Os pensamentos devem passar pela nossa mente, como uma passeata. Devemos "deixá-los ir", até que eles cessem. Se o(s) pensamento(s) forem muito insistente(s), podemos aplicar a Transformação das Impressões e a Morte em Marcha nele(s).

6) Entramos na etapa da Dharana (ou concentração). Enquanto estamos com o corpo relaxado, devemos escolher um Lakshya (ou objeto de concentração) qualquer, que pode ser um mantra (palavra sagrada), um objeto, um órgão de nosso corpo (Ex: coração) etc. Os mantras usados podem ser de origem sânscrito ou não. O importante é que a entoação do mantra provoque uma emoção mística e transcendental em nós, para nos motivar à pratica. Exemplos de mantras:

"Gate Gate Paragate Parasamgate Bodhi Sua Haa"

"Meu Senhor e Meu Deus"
"O Senhor é o Meu Pastor e Nada me Faltará"

"OM MANI PADME OM"

"OMMM"

"OOOOO"

Dentre muitos outros...

Vamos escolher o Mantra "OM", sua pronuncia é assim: "OOOMMMMMMM.... OOOMMMMMMM... OOOMMMMMMM". Devemos entoar esse mantra mentalmente. No início, poderá ser verbalmente, umas 3 vezes ou mais, se quisermos e depois, devemos continuar entoando-o mentalmente, escutando nossa própria "voz mental". Durante essa etapa, vamos aplicando o Vairagya (esquecimento), ou seja, "esquecendo" o nosso corpo físico, os pensamentos, ideias, afetos, lembranças etc. A partir dessa etapa, também, notaremos que a mente desviará do Lakshya em muitos momentos, desviando nossa atenção dele. Devemos trazê-la de volta à concentração no Lakshya escolhido TODAS as vezes em que ela se desviar. Não é a toa que nas tradições antigas, a mente é alegorizada como um animal selvagem e indomável que precisa ser domesticado e amansado. (Leia mais a respeito no texto O Poder da Concentração).

7) Com a concentração em andamento, de repente, percebemos que nossos sentidos físicos do tato e audição vão se apagando suavemente. Damos início à etapa denominada Pratyahara, ou abstração dos sentidos. Já em Pratyahara, podemos notar fenômenos indicadores de que estamos adentrando à quinta dimensão. Estas são percepções extrassensoriais. Pode ser que escutemos vozes ou determinados sons ou que vejamos pessoas desconhecidas ou até animais, cidades, paisagens etc. São a clariaudiência e clarividência atuando, que são, respectivamente, as capacidades de ouvir sons e de ver imagens das dimensões superiores. Também podemos sentir certa Ananda (felicidade espiritual), ou certas experiências interessantes. Mesmo que notemos tais percepções, devemos continuar com a concentração no Lakshya escolhido inicialmente.

8) No momento em que somente existir para nós a entoação do nosso Lakshya e estivermos bem desligados do nosso corpo físico, do mundo externo, das ideias etc, podemos dizer que estamos em estado de Dharana profunda, ou concentração profunda. Para transcendermos esse estágio e irmos além, rumo ao nosso objetivo, deveremos aplicar a dualidade nesse pensamento único (Lakshya), ou seja, abandoná-lo, para que possamos passar ao próximo estágio que é a Dhyana (mente em branco). Quando abandonamos o pensamento único que tínhamos, passaremos, então, a pensarmos em nada (Dhyana).

9) A partir daí, experimentaremos o Samadhi ou vazio iluminador, que poderá variar entre níveis e níveis de profundidade, a depender de nossa praticidade. Nossa essência terá, então, a felicidade de visitar os mundos da sexta dimensão, os mundos causais, onde ela poderá obter toda a experiência e sabedoria.

"Os gnósticos deveriam praticar a meditação pelo menos quatro ou seis horas diárias; praticar pela manhã, à tarde e quase toda a noite, até que amanheça... Isto deveria fazer durante toda a vida, e se assim procedem, viverão uma vida profunda e se AUTORREALIZARÃO. Por não fazê-lo, levarão uma vida superficial, vazia, uma vida de crônicas, diríamos algo assim, como uma poça de pouca profundidade”. (Samael Aun Weor)

 

 

​Como diz a frase: "A meditação é o pão diário do sábio" (Samael Aun Weor) devemos meditar todos os dias, incessantemente. Devemos buscar a sabedoria dentro de nós mesmos. Começamos com poucos minutos e aumentamos gradativamente até que estejamos meditando entre 4 e 6 horas por dia.

Vídeo: Samael Aun Weor ensinando a meditação

"Estudante: Mestre, Antes de alcançar você a Maestria, chegou a meditar todos os dias?

S.A.W: A meditação é o pão diário de todo verdadeiro aspirante a sabedoria. Sempre eu meditei e sempre continuarei meditando.

 

Estudante: Sendo assim, opina o senhor que o estudante gnóstico deve meditar diariamente?

S.A.W: Os gnósticos deveriam praticar a meditação, pelo menos quatro a seis horas diárias; praticar de manhã, na tarde e quase toda a noite, até que amanheça. Isto deveria fazer-se durante toda a vida, e se assim procedessem, viveriam uma vida profunda e se auto-realizariam. De não faze-lo, levam uma vida superficial, oca, uma vida de crônica, algo assim, digamos, como um charco de pouca profundidade. Bem sabemos que um charco a beira de um caminho, e abaixa os raios do sol se seca e cai na podridão. Muitos distintos são os lagos profundos, cheios de paz e de vida. Devemos, pois, aprender a viver profundamente e isto se logra com a meditação.

Estudante: Mestre: certa vez se perguntou a um instrutor quanto tempo deveria durar a meditação e ele respondeu: 10 minutos. Que opinião merece esta resposta?

S.A.W: Toda meditação deve durar horas: 3, 4, 6 horas. Já no “Vazio Iluminador” não há tempo. A falta de profundidade nos aspirantes é o que prejudica aos irmãozinhos.

Estudante: Quer dizer que não existe seriedade nos aspirantes a Gnose?

S.A.W: Isso é claro e manifesto! A meditação deve ser profunda e prolongada..."

Trecho de entrevista com Samael Aun Weor

Samael Aun Weor praticando a meditação, em várias asanas.

Meditação: Parte 2 - Os Koans

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