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Essência, Alma, Consciência, Personalidade, Ego e Espírito

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Mitologia Grega - Representação alegórica da Morte do Ego. O Perseu representa a consciência. A Medusa morta representa o Ego morto. O Pégaso alado representa a Alma liberta do Ego.

Ao adentrar no caminho do autoconhecimento - por meio de diferentes linhas de pensamento - o estudante se depara com diferentes termos, muitos deles referindo-se erroneamente a um mesmo elemento, causando uma confusão em sua mente. Aqui neste texto desfaremos tais confusões sob a luz do conhecimento esotérico gnóstico.

Essência: Também chamada de Buddhata no sânscrito, é uma chispa, uma partícula divina, uma pequena parte de nossa Alma. Inicialmente, a Essência corresponde a 3% de nossa Alma. Os 97% restante estão aprisionados pelo Ego, ou a Legião, e necessitam ser resgatados, pacientemente, por meio dos Três Fatores de Revolução da Consciência. Assim, pouco a pouco, partículas de Essência vão sendo resgatados e nossa Alma irá sendo cristalizada ou fabricada.

''Na vossa paciência possuireis vossas almas'' (Lucas 21:19)

Alma: ''A Alma é um conjunto de virtudes, leis, princípios, poderes etc.'' (Samael Aun Weor)

''Onde está a Alma de vocês? Viaja pela Via-Láctea. Movimenta-se por toda esta galáxia. Mas vocês, que estão aqui sentados, não a possuem. Sabem que a têm, mas uma coisa é saber que se tem e outra coisa é possuir. Assim, vale a pena possuí-la. Mas como chegaria alguém a possuir a sua Alma? Desintegrando definitivamente os agregados psíquicos, porque a Alma e os agregados psíquicos são incompatíveis, são como o óleo e a água, não podem se misturar.

Se não conseguimos desintegrar os agregados psíquicos, viva personificação de nossos defeitos de tipo psicológico, perdemos a Alma. De que serviria – disse Jesus – a um homem ganhar todos os tesouros do mundo, se viesse a perder a sua Alma? De nada lhe serviria. É possível perder a Alma? Sim, é possível. Quem entra nos mundos infernos perde sua Alma.''   (Samael Aun Weor)

Consciência: É um tipo de energia que emana da essência e é responsável pela percepção de fenômenos internos e externos. Graças a ela podemos nos auto-observar psicologicamente e detectarmos a atuação dos defeitos nos 5 cilindros da máquina humana. Como já visto em textos anteriores, a consciência aumenta a medida que defeitos vão sendo eliminados.

 

Personalidade: É um veículo energético que forjamos dos 0 a 7 anos de idade. A partir dessa idade ele é fortificado com nossas experiências de vida. É caracterizado como uma "casca" de todos nossos hábitos, costumes, ideias etc. Após o desencarne de uma pessoa, sua personalidade ficará vagando nos lugares que costumava frequentar quando em vida, casas de entes queridos etc e demorará um tempo até se dissolver, pois esta, como veículo energético, se alimenta dos pensamentos de outras pessoas.

 

Segue abaixo extratos do livro Sim, há inferno, diabo e karma do V.M. Samael Aun Weor definindo de maneira exata o que é a personalidade.

 

“Ao renascer, a essência se expressa durante os primeiros três ou quatro anos da infância e, então, a criatura é formosa, sublime, inocente, feliz. Desafortunadamente, o ego começa a se expressar, pouco a pouco, ao nos acercarmos da idade de sete anos e vem de todo a se manifestar quando a nova personalidade foi totalmente criada. É indispensável compreender que a nova personalidade é criada precisamente durante os primeiros sete anos da infância e que se robustece com o tempo e com as experiências. A personalidade é energética, não é física, como pretendem muitas pessoas, e depois da morte decompõe-se lentamente no cemitério, até se desintegrar radicalmente. Antes que a nova personalidade se forme totalmente, a essência se pode dar ao luxo de se manifestar com toda a sua beleza e até faz com que as crianças sejam certamente psíquicas, sensitivas, clarividentes, puras, etc., etc., etc”. (Samael Aun Weor)

P. – “VM. Samael, disse-nos o senhor que não há nenhum amanhã para a personalidade do morto e que o corpo etérico vai-se desintegrando pouco a pouco. Quisera saber se a personalidade dura mais que o corpo físico na desintegração”.

V.M. – “A pergunta que sai do auditório me parece interessante e com o maior prazer apresso-me a respondê-la. Inquestionavelmente, a ex-personalidade é de maior duração que o fundo vital eliminado. Quero com isto afirmar que o corpo vital se vai decompondo conforme o físico vai-se desintegrando na sepultura. A personalidade é diferente, como se vigoriza através do tempo com as diferentes experiências da vida, obviamente dura mais. É uma nota energética mais firme; só resistir durante muitos anos. Não é exagerado, de modo algum, afirmar que a personalidade descartada pode sobreviver por séculos inteiros. Resulta curioso contemplar várias personalidades descartadas conversando entre si. Estou falando agora de algo que aos senhores pode parecer estranho. Pude comprovar até dez personalidades descartadas correspondentes a um mesmo dono, quer dizer, a dez retornos de um mesmo ego. Vi-as num intercâmbio de opiniões subjetivas, reunidas entre si por afinidade psíquica. No entanto, quero esclarecer um pouco mais isto para evitar confusões. Eu disse que não nascemos com a personalidade; que devemos formá-la; que isto é possível durante os sete primeiros anos da infância. Também afirmei que no instante da morte tal personalidade vai ao panteão e que, às vezes, perambula dentro do mesmo ou se esconde na sua sepultura. Pensai, agora, por um momento, num ego que depois de cada retorno escapa do corpo físico. É claro que ele deixa para trás de si a personalidade. Se reunimos, por exemplo, dez vidas de um mesmo ego, teremos dez personalidades diferentes e estas se podem reunir por afinidade para conversar nos panteões e fazer intercâmbio de opiniões subjetivas. Indubitavelmente, tais ex-personalidades vão-se debilitando pouco a pouco, vão-se extinguindo extraordinariamente, até se desintegrar, por último, radicalmente. Entretanto, a recordação de tais personalidades continua no mundo causal , nos arquivos akássicos da natureza. Nos instantes em que converso com os senhores aqui, esta noite, vem-me à memória uma antiga existência que tive como militar durante a época do Renascimento da velha Europa. Em qualquer instante, enquanto trabalhava no mundo das causas naturais como homem causal, ocorreu-me tirar dos arquivos secretos, nessa região, a recordação de tal ex-personalidade. O resultado foi certamente extraordinário. Vi então aquele militar, vestido com o uniforme da época em que viveu. Desembainhando sua espada, atacou-me violentamente. Não me foi difícil conjurá-lo para guardá-lo, novamente, entre os arquivos. Isto significa que, no mundo das causas naturais, toda recordação está viva, tem realidade, e isto é algo que pode surpreender a muitos estudantes esoteristas e ocultistas”. (Samael Aun Weor)

Portanto, é importante esclarecer que a personalidade e alma são coisas distintas. O que alguns veem no mundo físico após a morte de um ente querido é apenas a sua personalidade. Sua essência segue aprisionada pelo seu ego, na quinta dimensão e retornará numa próxima existência dentro de um novo corpo físico para cumprir a lei de retorno e recorrência.

Ego: Sigmund Freud (1856–1939) definiu o Ego de Id, Ego e Superego. Culturas antigas chamavam-no de Demônios Vermelhos de Seth, Agregados Psicológicos, Legião, Pecados Capitais etc, etc. É o mal dentro de nós que devemos eliminar para despertar a consciência. Abaixo, mais trechos de Samael Aun Weor:

 

“Quão felizes seríamos se não tivéssemos ego, se só se expressasse em nós a essência. Indiscutivelmente, então não haveria dor, a Terra seria um paraíso, um éden, algo inefável e sublime. O retorno do ego a este mundo é verdadeiramente asqueroso, horripilante, abominável. O ego em si mesmo irradia ondas vibratórias sinistras, tenebrosas, nada agradáveis. Eu digo que toda pessoa, enquanto não tenha dissolvido o ego, é mais ou menos negra, ainda que esteja caminhando pela senda da iniciação e ainda que se presuma cheia de santidade e de virtude”. (Samael Aun Weor)

Espírito: Algumas linhas de pensamento também confundem enormemente o espírito com a personalidade.  O espírito é o Espírito Santo que vem a ser a própria Força Sexual, o Terceiro Logos. Esta força sexual é chamada de Kundalini no oriente e em outras culturas recebe outros nomes como Ísis, Maria, Tonantzin, Cibele, Rea, Adonia, Insoberta. É o aspecto feminino da divindade que habita todo o universo. Existe em estado latente em todo ser humano e deve ser desperta com os Três Fatores de Revolução da Consciência.

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