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Cultivação de Um Estado Muito Especial: A Recordação de Si Mesmo

Fluxograma representando o assunto do texto abaixo

A Íntima Recordação de Si Mesmo é a base de todo o trabalho esotérico. Graças a este estado especial, podemos nos auto-observar e detectarmos as atuações do ego nos 5 centros da máquina.

 

Recordar de Si é estar conectado com nosso Deus Interior. É um estado de pré-disposição a Gnosis e ao crescimento espiritual. A Recordação de Si Mesmo é a base da “Não-Identificação”. Quando recordamos de nós mesmos, podemos então ver as coisas do mundo como passageiras e ilusórias, conforme o percentual de consciência que possuímos. A não-identificação nos faz ver o mundo como um ginásio psicológico. Um “Sabor trabalho” em nossa consciência, como diz o V.M. Samael.

 

O grande desafio é como prolongarmos esse estado. Podemos prolongá-lo indefinidamente desde que alimentemos sempre o espiritual em nós. Alimentamos o espiritual quando fazemos práticas gnósticas, quando fazemos leituras superiores (livros gnósticos, livros sagrados como a Bíblia ou os Vedas por exemplo), quando contemplamos a natureza e quando escutamos músicas clássicas. Principalmente quando praticamos os Três Fatores da Revolução da Consciência. A Morte do Ego (1º Fator) é a ferramenta que mais alimenta o espiritual em nós, mas que necessita dos outros dois fatores para ter mais força. Os Três Fatores praticados continuamente, nos dão verdadeira continuidade de propósitos na Recordação de Si Mesmo, pois servem de reforço a esse estado tão especial. Os que não podem praticar os Três, podem se beneficiar da força oriunda do 1º e 3º, até que possam praticar os Três.

 

O V.M. Samael fala em seus livros sobre o “sabor vida” e o “sabor trabalho”. O “sabor vida” equivale ao segundo caminho do fluxograma colocado para ilustração, que é o “esquecimento de si mesmo”. Devemos fazer o possível para não entrarmos nesse caminho, pois nos leva ao adormecimento da consciência e a uma vida mecânica. Por outro lado, o “sabor trabalho” é que nos faz recordar-nos de nós mesmos a todo instante. É um sabor da consciência e não do ego. É a sede pelo autoconhecimento e pela Liberação. É nos enxergarmos como seres insignificantes (ao contrário da nossa preciosa essência, que é a nossa própria Alma). É encarar a vida como um grande labor em que nossa mais importante finalidade é o autodescobrimento. Esse “sabor” deve ser retroalimentado a todo instante. No fundo, quem nos impulsiona a retroalimentarmos o “sabor trabalho” é o nosso Pai que está em segredo.  Ele impulsiona nossa essência que, por sua vez, impulsiona nosso veículo físico ao trabalho interno. Nossa parte é colaborar com o impulso D'Ele.

 

As falhas no percurso são naturais, pois somos todos humanos e, enquanto tenhamos egos, tenderemos a falhar algumas vezes, mas nada que nos impeça de retomar a Recordação de Si Mesmos e continuarmos a luta. E lutarmos para diminuirmos cada vez mais o esquecimento de nós mesmos. Seguirmos sempre Recordando de nós mesmos. Como diz a frase do V.M. Samael: “Não são as perdas nem as caídas que nos fazem fracassar, mas sim a falta de vontade de seguir adiante!”

 

A “Recordação de Si Mesmo” é fortificada cada vez mais quando liberamos percentuais de essência por meio da Morte do Ego (1º Fator). Quanto mais essência livre, mais consciência e, portanto, maior a capacidade de preservarmos esse estado.

 

A Transmutação das Energias Sexuais (2º Fator) enche nossa essência (e todos os centros da máquina humana) de Força e ânimo para continuar a luta pela nossa Liberação. Além disso, também dá mais Força ao poder da Mãe Divina para desintegrar eus.

 

O Sacrifício pela Humanidade (3º Fator) também é de extrema importância, pois, quando entregamos o conhecimento da Gnosis aos nossos semelhantes, sentimo-nos no dever de honrar esse ensinamento, praticando-o. Quando ensinamos aos demais, nos sentimos motivados a vivermos o que estamos ensinando. Além disso, o 3º Fator nos enche de Forças Cósmicas para o trabalho sobre nós mesmos. “De graça recebestes, de graça dai”. Principalmente nesses momentos críticos da humanidade, em que estamos prestes a sucumbir, devemos dar a oportunidade que recebemos de graça a todos, pois, "se queremos o ascenso espiritual, devemos pensar em primeiro lugar na humanidade e não em nós mesmos" (V.M. Rabolú).

 

As práticas gnósticas nos dão comprovações do poder da Mãe Divina (de eliminar defeitos) e também das outras realidades (dimensões) e, portanto, nos enchem de ânimo para a luta. Devemos buscar comprovações sempre.

 

Os Veneráveis Mestres sempre falavam da importância do Amor ao Trabalho Esotérico e que só podemos progredir se amarmos esse trabalho. Só podemos desenvolver o Amor pelo trabalho quando trabalhamos com todos os elementos que reforcem esse estado de Recordação de Si Mesmos.

A Gnosis é como uma semente plantada que deve ser regada e cuidada com muito amor, no solo fértil de nossa compreensão, até virar uma planta e depois uma árvore cheia de frutos.

Segue, abaixo, parábola bíblica para reflexão.

 

"Novamente Jesus começou a ensinar à beira-mar. Reuniu-se ao seu redor uma multidão tão grande que ele teve que entrar num barco e assentar-se nele. O barco estava no mar, enquanto todo o povo ficava na beira da praia. Ele lhes ensinava muitas coisas por parábolas, dizendo em seu ensino:
 

Ouçam! O semeador saiu a semear.

Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho, e as aves vieram e a comeram.

Parte dela caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; e logo brotou, porque a terra não era profunda.

Mas quando saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinham raiz.

Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas, de forma que ela não deu fruto.

Outra ainda caiu em boa terra, germinou, cresceu e deu boa colheita, a trinta, sessenta e até cem por um".

A seguir Jesus acrescentou: "Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça! "

Quando ele ficou sozinho, os Doze e os outros que estavam ao seu redor lhe fizeram perguntas acerca das parábolas.

Ele lhes disse: "A vocês foi dado o mistério do Reino de Deus, mas aos que estão fora tudo é dito por parábolas, a fim de que, ‘ainda que vejam, não percebam, ainda que ouçam, não entendam; de outro modo, poderiam converter-se e ser perdoados!"

Então Jesus lhes perguntou: "Vocês não entendem esta parábola? Como, então, compreenderão todas as outras parábolas?

O semeador semeia a palavra. Algumas pessoas são como a semente à beira do caminho, onde a palavra é semeada. Logo que a ouvem, Satanás vem e retira a palavra nelas semeada.

Outras, como a semente lançada em terreno pedregoso, ouvem a palavra e logo a recebem com alegria. Todavia, visto que não têm raiz em si mesmas, permanecem por pouco tempo. Quando surge alguma tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo a abandonam. Outras ainda, como a semente lançada entre espinhos, ouvem a palavra; mas quando chegam as preocupações desta vida, o engano das riquezas e os anseios por outras coisas, sufocam a palavra, tornando-a infrutífera. Outras pessoas são como a semente lançada em boa terra: ouvem a palavra, aceitam-na e dão uma colheita de trinta, sessenta e até cem por um".

Ele lhes disse: "Quem traz uma candeia para ser colocada debaixo de uma vasilha ou de uma cama? Acaso não a coloca num lugar apropriado? Porque não há nada oculto, senão para ser revelado, e nada escondido senão para ser trazido à luz. Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça!

"Considerem atentamente o que vocês estão ouvindo", continuou ele. "Com a medida com que medirem, vocês serão medidos; e ainda mais lhes acrescentarão. A quem tiver, mais lhe será dado; de quem não tiver, até o que tem lhe será tirado".

Ele prosseguiu dizendo: "O Reino de Deus é semelhante a um homem que lança a semente sobre a terra. Noite e dia, quer ele durma quer se levante, a semente germina e cresce, embora ele não saiba como. A terra por si própria produz o grão: primeiro o talo, depois a espiga e, então, o grão cheio na espiga. Logo que o grão fica maduro, o homem lhe passa a foice, porque chegou a colheita".

 

Novamente ele disse: "Com que compararemos o Reino de Deus? Que parábola usaremos para descrevê-lo? É como um grão de mostarda, que, quando plantada, é a menor semente de todas. No entanto, plantada, ela cresce e se torna a maior de todas as hortaliças, com ramos tão grandes que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra".

 

(Marcos 4:1-32)

 

Gnosis Prática

Vídeo do V.M.R.

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